Diretor: György Pálfi

Roteiro: György Pálfi, Zsófia Ruttkay e Gergö V. Nagy

Elenco: Csaba Pólgar, Eric Peterson, Diána Magdolna Kiss, Angelo Tsarouchas, Ádám Fekete, Ildikó Bánsági, Kate Vernon, Marshall Williams, Andrew Moodie, Benz Antoine, Steve James, Jenna Warren, Jodi Larratt, Jennifer Vallance, Kimberly Bowie, Rj Copan, Jennilee Murray, Xavier Sotelo, Mark Day, Balázs Veres, Ferenc Pusztai, Sally Clelford, Sarita Van Dyke, Lee Lawson, Lisa Andry-Dargel, Cesar Lazcano, Jesse Aaron Dwyre, Steve Garfanti, Andrew Hunt Gordon, Joel Oliver, Steve Goffner, Michelle LeBlanc, Renato Vettore, Brandon Keel, Karl Claude, Les Vandor, Candice Fraser, Deneisha Henry, Pierre Robert Groulx

Duração/Classificação: 108 minutos / 12 anos

Péter (Csaba Pólgar) viaja da Hungria até os Estados Unidos após reconhecer seu pai num documentário, ele era um cientista húngaro que fugiu da Hungria ditatorial nos anos 70 quando enquanto trabalhava num programa ultra secreto militar que examinava “vozes” vindas do espaço.

O filme dirigido por György Pálfi (Taxidermia) brinca com vários gêneros além de ser essencialmente uma ficção científica, nele seguimos Péter e sua namorada (Diána Magdolna Kiss) na chegada aos Estados Unidos, na busca por seu progenitor. Seguindo uma estrutura documental e de road movie enquanto busca por evidências de que seu pai está vivo, ao mesmo tempo em que mescla essa busca com cenas de documentários (mockumentary na verdade) sobre o programa militar do governo, responsável por mortes de civis, que seu pai fez parte.

Mas o problema do filme é essencialmente a quebra de narrativa que acontece nele, quando abruptamente sem mais nem menos a narrativa principal é interrompida para dar início a outra, onde pulam anos após as buscas de Péter. Num futuro onde os esforços de busca por vida alienígena se concretizaram, mas essa quebra na narrativa confunde bastante, pois não fica claro se toda a busca dele por seu pai era apenas uma simulação do que ele queria que tivesse acontecido ou se realmente era algo que estava realmente acontecendo e a quebra foi puramente intencional.

Apesar de isso ser um problema, toda a jornada de Péter é interessante e a resolução é até muito rápida para os padrões cinematográficos. As brincadeiras visuais que Pálfi emprega trazendo um ar surreal à trama são o que o filme tem de melhor e o terceiro ato quando acontecem reviravoltas que mudam o curso da narrativa e consequentemente a mentalidade do protagonista a respeito de ser pai – algo que no começo ele é rechaçava e causava discussões com sua namorada – tornam esse filme uma singularidade, que me fez nutrir a necessidade de procurar mais trabalhos desse cineasta.